Viajando pela Educação
Nas últimas
décadas, a Educação tem sido objeto de diversas mudanças e inovações, novos projetos
e modelos.
Estas alterações têm
ficado a dever-se tanto à evolução da ciência e da tecnologia, como às novas
estratégias e alterações políticas e económicas e subsequentes alterações
sociais e do mercado de trabalho.
A União Europeia, constituída
pelo Tratado de Maastricht (1992), através das diretivas emanadas dos vários Tratados e,
particularmente, da “Estratégia de Lisboa” tem originado profundas alterações, em
todos os sectores da sociedade, nos países da comunidade.
“O novo desafio - 1. A União Europeia está confrontada
com uma enorme mutação resultante da globalização e dos desafios de uma nova
economia baseada no conhecimento…”
” O caminho a seguir - 5. A União atribuiu-se hoje um novo objectivo
estratégico para a próxima década: tornar-se no espaço económico mais dinâmico e competitivo do mundo
baseado no conhecimento e capaz de garantir um crescimento económico
sustentável, com mais e melhores empregos, e com maior coesão social…”in
Conclusões da Presidência Conselho Europeu de Lisboa 23 – 24 de Março de
2000.
Elevar os níveis de escolaridade, competências e certificações e homogeneizá-los, em
todos os países da União Europeia, tem sido o enorme desafio proposto à
Educação e aos Homens.
Portugal não
foi exceção. Os baixos níveis de escolaridade eram um
poderoso handicap, o qual condicionava o desenvolvimento e competitividade do país.
No sentido de obviar esta realidade, foram criadas alternativas ao ensino regular, para jovens e adultos, a fim de o maior número possível de pessoas obter os níveis de certificação escolar obrigatórios, reforçando-se, cada vez mais, a necessidade de olhar a educação numa
perspetiva de aprendizagem ao longo da vida. Mais informação em ANQEP
Jovens
- Cursos de Educação e Formação
- Cursos Profissionais
- Cursos de Aprendizagem
- Cursos do Ensino Artístico Especializado
- Cursos de Especialização Tecnológica
- Vias de Conclusão do Nível Secundário de Educação
- Cursos Profissionais
- Cursos de Aprendizagem
- Cursos do Ensino Artístico Especializado
- Cursos de Especialização Tecnológica
- Vias de Conclusão do Nível Secundário de Educação
Adultos
Sistema Nacional de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências
- processo escolar;
- processo profissional.
- Cursos de Educação e Formação de Adultos
- Cursos do Ensino Recorrente
- Cursos de Especialização Tecnológica
- Formações Modulares
- Vias de Conclusão do Nível Secundário de Educação
- processo profissional.
- Cursos de Educação e Formação de Adultos
- Cursos do Ensino Recorrente
- Cursos de Especialização Tecnológica
- Formações Modulares
- Vias de Conclusão do Nível Secundário de Educação
Simultaneamente, as alterações políticas, económicas e sociais permitiram que um cada vez maior número de pessoas tivesse acesso ao ensino superior.
De notar que o número de mulheres, a frequentar ou com formação ao nível do ensino superior, tem vindo a aumentar progressivamente, tendo suplantado, desde há algum tempo, os homens quer em número, quer em percentagem.
Os gráficos que se seguem permitem fazer uma breve "viagem" pela Educação.
Analfabetismo
Portugal manteve uma elevada taxa de analfabetismo até meados de séc. XX, principalmente se comparada com a maioria dos países europeus, e, mesmo agora, embora esta seja apenas residual (10%), ainda persiste.
De notar que a percentagem de mulheres analfabetas foi durante muito tempo bastante maior do que a dos homens.
Taxa de analfabetismo (%) da população (censos), com 10 e mais anos de idade e por sexo; Decenal - Fonte: INE |
Níveis de Escolaridade
Os níveis de escolaridade têm vindo a elevar-se ao longo dos anos.
No entanto, ainda existe uma grande percentagem de pessoas que não detém a escolaridade obrigatória, a qual se situa, atualmente, ao nível do 12º ano do ensino regular, ou equivalente.
Fonte/ Entidades: INE - PORDATA - Gráficos dinâmicos |
Fonte/ Entidades: INE - PORDATA - Gráficos dinâmicos - 1998 |
Fonte/ Entidades: INE - PORDATA - Gráficos dinâmicos - 2005 |
Fonte/ Entidades: INE - PORDATA - Gráficos dinâmicos - 2011 |
Alternativas ao Ensino Regular
O Sistema Nacional RVCC, os Cursos EFA e grande parte das formações alternativas ao ensino regular, para jovens e adultos, nasceram a partir do ano 2000, na
sequência da V Conferência da UNESCO sobre Educação
de Adultos (Hamburgo – 07/1997), da qual resultou a Declaração de
Hamburgo, onde se define que “O
desenvolvimento da educação e formação ao longo da vida, considerada como
«condição para a plena participação na sociedade», assenta num conceito de
educação de adultos definido como o conjunto de processos de aprendizagem,
formais ou não formais, através dos quais os adultos desenvolvem as suas
capacidades, enriquecem os seus conhecimentos, aperfeiçoam qualificações
técnicas e profissionais e se orientam para satisfazer simultaneamente as suas
próprias necessidades e as das suas sociedades”.
A partir de 2005 essas ofertas formativas foram reunidas sob a marca Iniciativa Novas Oportunidades e foram alvo de novas alterações, em 2012, originadas pelas atuais circunstâncias políticas, económicas e sociais.
Pode verificar-se através do gráfico abaixo que entre, 2000 e 2010, os níveis de escolaridade se foram gradualmente invertendo, aumentando o número de pessoas com o nível de escolaridade mais elevado. Em parte, esta alteração terá ficado a dever-se às alternativas ao ensino regular
Nível de escolaridade mais elevado completo, em milhares; Trimestral - Fonte: INE |
Números da Educação
Alunos matriculados e adultos
em actividades de educação e formação, segundo a natureza do
estabelecimento, por nível e modalidade ou tipo de ensino (2009/10)
Fonte: GEPE |
Ensino Superior
Através da tabela abaixo pode constatar-se que a taxa de escolaridade do ensino superior, em Portugal, se está a aproximar dos 20% e que a percentagem de mulheres é superior à dos homens em mais de 5%.
PISA 2009
Resultados dos alunos portugueses melhoram no PISA 2009
(09/12/2010 - Notícias Universia)
Os resultados dos
alunos portugueses no PISA 2009, apresentado na Fundação Calouste
Gulbenkian, em Lisboa, revelam uma expressiva melhoria nas três áreas
avaliadas: leitura, matemática e ciências.
Entre 2006, data da última avaliação do PISA, e 2009
verificaram-se progressos consideráveis nos resultados, sendo Portugal o
segundo país que mais progrediu em ciências e o quarto país que mais
progrediu em leitura e em matemática.
Pela primeira vez, os alunos portugueses atingem pontuações que se situam na média da OCDE, em literacia de leitura, domínio principal no estudo de 2009. Portugal situa-se na 21.ª posição, num conjunto de 33 países da OCDE que participaram no estudo, em 2009. Em 2000, estava na 25.ª posição, num conjunto de 27 países da OCDE.
No Estudo do PISA 2009, estamos incluídos no grupo de países que atingiram a média da OCDE. Deste conjunto fazem parte: Portugal, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Alemanha, França, Irlanda e Hungria.
Os progressos verificados devem-se ao facto de aumentar entre 1,3 pontos (ciências) e 3,6 pontos (leitura e matemática) a percentagem de alunos com resultados dos níveis mais elevados (níveis 5 e 6) e também à redução de 7 a 9 pontos a percentagem de alunos com resultados nos níveis mais baixos (níveis 1 e abaixo de 1).
PISA - Programme for International Student Assessment
O Pisa é um estudo de avaliação independente, promovido pela OCDE, que permite informar os governos e os cidadãos sobre o desempenho dos sistemas educativos dos países participantes.
1. O estudo avalia as competências básicas nos domínios considerados essenciais:
- Leitura
- Matemática
- Ciências
2. A amostra, que incluiu 6298 alunos, é representativa dos alunos portugueses com a idade de 15 anos, que frequentam entre o 7.º e o 11.º ano de escolaridade. Os resultados permitem avaliar em que medida a escola contribui para o desenvolvimento das competências dos alunos em leitura, em matemática e em ciências.
3. A amostra é conduzida e tecnicamente controlada pela OCDE.
4. O estudo PISA:
- é aplicado em todos os países da OCDE (e em 32 outros países que aderiram ao projecto);
- permite a comparação de resultados entre países, uma vez que os testes utilizados são elaborados por um conjunto de peritos internacionais independentes;
- permite avaliar a evolução das competências dos alunos, de três em três anos, em cada um dos domínios de avaliação.
5. Os resultados do PISA constituem um dos critérios utilizados, por organizações internacionais, na caracterização do estado de desenvolvimento dos países participantes.
6. Os resultados dos estudos PISA são tomados como referência para verificar o desenvolvimento obtido nas competências–chave definidas na Estratégia 2020, da União Europeia, e nas Metas Educativas 2021, da Organização de Estados
Ibero-americanos (OIE), sendo Portugal país promotor destas estratégias de desenvolvimento.
Mais informação no Ministério da Educação
Pela primeira vez, os alunos portugueses atingem pontuações que se situam na média da OCDE, em literacia de leitura, domínio principal no estudo de 2009. Portugal situa-se na 21.ª posição, num conjunto de 33 países da OCDE que participaram no estudo, em 2009. Em 2000, estava na 25.ª posição, num conjunto de 27 países da OCDE.
No Estudo do PISA 2009, estamos incluídos no grupo de países que atingiram a média da OCDE. Deste conjunto fazem parte: Portugal, Reino Unido, Dinamarca, Suécia, Alemanha, França, Irlanda e Hungria.
Os progressos verificados devem-se ao facto de aumentar entre 1,3 pontos (ciências) e 3,6 pontos (leitura e matemática) a percentagem de alunos com resultados dos níveis mais elevados (níveis 5 e 6) e também à redução de 7 a 9 pontos a percentagem de alunos com resultados nos níveis mais baixos (níveis 1 e abaixo de 1).
PISA - Programme for International Student Assessment
O Pisa é um estudo de avaliação independente, promovido pela OCDE, que permite informar os governos e os cidadãos sobre o desempenho dos sistemas educativos dos países participantes.
1. O estudo avalia as competências básicas nos domínios considerados essenciais:
- Leitura
- Matemática
- Ciências
2. A amostra, que incluiu 6298 alunos, é representativa dos alunos portugueses com a idade de 15 anos, que frequentam entre o 7.º e o 11.º ano de escolaridade. Os resultados permitem avaliar em que medida a escola contribui para o desenvolvimento das competências dos alunos em leitura, em matemática e em ciências.
3. A amostra é conduzida e tecnicamente controlada pela OCDE.
4. O estudo PISA:
- é aplicado em todos os países da OCDE (e em 32 outros países que aderiram ao projecto);
- permite a comparação de resultados entre países, uma vez que os testes utilizados são elaborados por um conjunto de peritos internacionais independentes;
- permite avaliar a evolução das competências dos alunos, de três em três anos, em cada um dos domínios de avaliação.
5. Os resultados do PISA constituem um dos critérios utilizados, por organizações internacionais, na caracterização do estado de desenvolvimento dos países participantes.
6. Os resultados dos estudos PISA são tomados como referência para verificar o desenvolvimento obtido nas competências–chave definidas na Estratégia 2020, da União Europeia, e nas Metas Educativas 2021, da Organização de Estados
Ibero-americanos (OIE), sendo Portugal país promotor destas estratégias de desenvolvimento.
Mais informação no Ministério da Educação
Fonte:
Ministério da Educação
Esta foi uma pequena viagem pela Educação em Portugal. Muito já foi feito. Muito há ainda por fazer.
Enfrentamos, todos os dias, velhos e novos desafios, velhos e novos problemas.
A violência, o insucesso e o abandono escolar são, apenas, a face mais visível dos problemas da Educação.
A Educação depende das políticas educativas de cada país e está sempre condicionada pelas diversas circunstâncias e factores sociais, económicos, políticos, nacionais e internacionais, que a envolvem.
Convido-os para um Debate sobre a Educação em Portugal. A exporem as vossas opiniões, dificuldades ou problemas. A fazerem as vossas críticas e sugestões.
Se a Educação é condicionada por diversos factores, também ela é condicionadora de muitos outros, particularmente do progresso, desenvolvimento e crescimento dos países.
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