Coaching, Liderança, Motivação e PNL para o Alto Desempenho
Arte by Anna Razumovskaya |
Somente à superfície um ser humano nos pode parecer insípido, desinteressante ou sem qualquer préstimo, pois, na verdade, dentro de cada um de nós existe um extraordinário manancial de saberes, apetências, competências e conhecimentos.
A imensa riqueza da história de vida, de cada ser humano, é feita de uma enorme diversidade de vivências, as quais dão origem a diferentes e variadas emoções, sentimentos, comportamentos e decisões ou aprendizagens e aquisições de conhecimentos ou competências.
Os fatores que inibem a exteriorização ou materialização do todo o seu potencial prendem-se tanto com características genéticas, psíquicas e hereditárias, como com o meio familiar, social, cultural, económico ou geográfico onde o individuo cresceu e foi educado e a forma como esse meio o afetou, de acordo com as suas características e idiossincrasias pessoais.
Assim, por abstração, poderíamos afirmar que todo o individuo tem capacidade para utilizar o máximo do seu potencial e alcançar o sucesso, a satisfação ou a felicidade, desde que os acontecimentos e fatores exteriores sejam favoráveis a uma saudável evolução da sua maturidade emocional e psíquica.
Arte by GAZE Rodolfo Ledel |
Acontece que nem todos os fatores genético, psíquicos ou hereditários são positivos ou favoráveis ao desenvolvimento harmonioso do ser humano, nem grande parte dos elementos exteriores se compadecem com as suas limitações ou contribuem de uma forma positiva para o seu crescimento e desenvolvimento.
Alcançar a felicidade é, em última análise, aquilo que, verdadeiramente, todo o ser humano almeja, mas esta não é, de forma alguma, uma tarefa fácil, rápida ou mesmo duradoura.
Por essa razão, ao longo dos tempos e particularmente nos últimos dois ou três séculos, o ser humano tem procurado encontrar formas, métodos ou fórmulas para tentar alcançar essa almejada e quase inatingível felicidade. A religião ou espiritualidade, a família, os amigos, os grupos de referência, a profissão, o poder ou o dinheiro são os meios privilegiados que os humanos utilizam na tentativa de atingir esse objetivo último.
No entanto, os medos, os dogmas, as crenças, a insegurança, a insatisfação, a depressão, a dor, a infelicidade ou a inércia são fortes obstáculos à concretização desse objetivo
Nas últimas décadas, têm proliferado Gurus e Mestres, que arrastam multidões para retiros, conferências, seminários, ou workshops, e todo o tipo de publicações, nos mais diversos suportes, prometendo a todos o sucesso e a felicidade, desde que cumpram um certo número de regras.
Neste novo paradigma também têm vindo a desenvolver-se diversos ferramentas, atividades e formações direcionadas para as organizações e empresas, com o objetivo de que, através de uma Gestão positiva, estas cresçam e se tornem mais sólidas e lucrativas.
Obviamente que os destinatários destas formações e atividades são os gestores e/ou funcionários dessas organizações, não tendo estas, no entanto, exatamente, o objetivo de que os seus funcionários sejam mais felizes ou tenham mais sucesso, mas, antes, para que se tornem cada vez mais eficientes, produtivos, proativos e inovadores e, também, para que melhor possam gerir e reduzir os conflitos, por forma a criar equipas coesas e altamente produtivas.
A Educação, a Formação e a Comunicação, para além de serem a minha área de formação académica, são, também, a minha paixão. Por essa razão estas ferramentas, já conhecidas há bastante tempo, mas que recentemente entraram na moda, suscitaram-me um grande interesse.
Assim, decidi inscrever-me num curso que aborda estes temas - Coaching, PNL - Programação neurolinguística, Motivação e Liderança, a fim de tentar compreender qual o valor que estas ferramentas podem acrescentar a cada um de nós, quer enquanto pessoas, quer como profissionais.
De acordo com informação facultada pela entidade que ministra o curso de Coaching, Liderança, Motivação e PNL para o Alto Desempenho, os objetivos que deverão ser esperados por aqueles que o frequentam são:
"- No final deste curso o formando estará capacitado para aplicar o coaching como um processo indispensável à superação pessoal e profissional , levando-o a obter o máximo de rendimento no seu trabalho e maior capacidade de Liderança junto de equipas de trabalho;
- Aplicar técnicas e ferramentas de Programação Neurolinguística de modo a sentir-se mais positivo e confiante, tornar-se melhor comunicador e mais focado nas soluções tanto a nível individual como a nível da gestão de equipas de trabalho;"
Hoje, estive presente na segunda das seis sessões previstas para esta formação (de três horas cada). Os diversos temas que têm sido abordados são interesses, mas, por enquanto, tenho mais perguntas do que respostas.
Partilho aqui aquelas que me parecem mais relevantes:
1. Até que ponto é que um Coach (treinador) pode contribuir para que alteremos as nossas crenças, inseguranças ou limitações, etc., por forma a que consigamos atingir com maior facilidade os nossos objetivos?
2. De que forma e com que profundidade é que o facto de alteramos alguns dos nossos comportamentos habituais pode contribuir para que nos tornemos pessoas mais realizadas e/ou com maior sucesso profissional ou pessoal?
3. Como é possível reprogramar a forma como o nosso cérebro se "comporta", através da PNL, permitindo que nos tornemos pessoas mais realizadas e felizes?
4. A motivação é algo que nasce e se desenvolve dentro de nós de forma quase inconsciente e automática, como é possível automotivarmo-nos intencional e conscientemente?
5. A grande maioria, dos grandes líderes, são líderes naturais e nascem com esse dom, ou característica, sem que para o serem tenham passado intencionalmente por qualquer treino ou aprendizagem. Como é possível então que, aqueles que não são líderes naturais, se tornem líderes não só de si mesmos, como de outros indivíduos ou equipas?
O ser humano é um animal de hábitos e, em muitos casos, extraordinariamente resistente à mudança, ainda que tenha uma enorme capacidade de adaptação. Contudo, é extraordinariamente difícil, se não impossível, modificar a personalidade de qualquer pessoa, particularmente se esta já se encontrar na idade adulta.
O equilíbrio psíquico e emocional de cada homem depende, acima de tudo, dos princípios e valores pelos quais rege a sua vida.
Por outro lado, as crenças, sejam elas religiosas ou de cariz social, definem-no como integrante do(s) seu(s) grupos de pertença.
Para além de que o ser humano é, por natureza, insatisfeito. Logo que consegue alcançar um objetivo, por o qual pode ter lutado longa e duramente, desinteressa-se do assunto e começa, quase de imediato, uma nova luta para atingir um outro objetivo que, em muitos casos, nunca antes lhe tinha ocorrido.
Reprogramar o Ser humano é possível? - Esta é, no fundo, a minha grande questão...
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