DESLOCANDO O FOCO
A Bolsa, as suas aberturas em alta, ou em baixa, as cotações, índices e riscos, aliados ao aparente estado de loucura, ou caos, em que são feitas as transações, sempre foi para mim qualquer coisa de misterioso, mesmo assustador, bem mais difícil de entender do que o nascimento do Universo. É sempre com grande perplexidade que constato que os valores das ações das empresas, que têm dimensão suficiente para ser cotadas na Bolsa, muito pouco, ou nada, têm a ver com as reais situações das empresas, a sua solvência, ou insolvência, volume de vendas, ou crescimento, mas antes dependem das "dores de barriga" do Presidente dos EUA, das "lombalgias" do Imperador Japonês, das "enxaquecas "dos sheiks árabes do petróleo, ou da "menopausa" da Chanceler alemã. Esse mundo do dinheiro virtual que, aparentemente, obedece a leis aleatórias, arbitrárias e indecifráveis, tem o poder de arruinar países, empresas e pessoas, impunemente e de uma forma amora...