ERGO-ME
Publicado no meu Blog CAMINHOS & LABIRINTOS em 29.08.2013 Ergo-me, assim, num grito De indignação, revolta, raiva e tristeza. Os meu ramos, despidos de folhas, O meu tronco, cinzento e triste, São o símbolo e a imagem De um Portugal que arde, Num braseiro Infernal. São belas as labaredas para os criminosos que ateiam fogos? São tão belas quanto destruídoras Da vida, do oxigénio, da água, da riqueza e firmeza dos solos, Da diversidade das espécies, do sustento dos homens. Florestas são fonte de Vida, De equilíbrio ambiental. Árvores são seres Vivos Imponentes, Generosos e Belos. Ergo a minha voz num lamento de impotência; Num uivo de dor; Num grito de revolta.. Contorço-me aturdida, Mas viva, ainda. Eu, Mulher Árvore, Consumo-me, agora, em chamas De tristeza, impotência, raiva e dor, Vendo a minha Floresta amada Ser destruída por mãos criminosas, negligentes ou indiferentes. Floresta é Verde, é Frescura, é...