VERÃO HESITANTE




As férias aproximam-se. Todos, ou quase todos, aguardamos ansiosamente que o Verão se digne a presentear-nos com os seus dias luminosos e quentes, como que recompensando-nos de um ano de trabalho, ou estudo.
Apreensivos, somos confrontados com dias frios e chuvadas inesperadas, seguidos de outros quentes, bem mais de acordo com a época do ano.
Nos últimos tempos, uma série de desastres naturais tem ocorrido,  com maior frequência, um pouco por todos os continentes, Tornados, secas ou cheias, tsunamis ou tremores de terra, são apenas alguns deles.
A Terra é um sistema vivo, integrado num outro sistema, mais vasto, quase infinito, o Universo, pelo que, naturalmente, se encontra em constante mutação e evolução.
Contudo, os desastres naturais não são apenas consequência da evolução natural destes sistemas, mas, também, da intervenção humana no ambiente, a qual, tantas vezes, é criminosa ou, pelo menos, negligente.

Preservar o meio ambiente, os ecossistemas e a biodiversidade deveria ser, não uma obrigação, mas, uma prioridade e uma preocupação de todos nós.
Contrariamente àquilo que acontecia há 100 ou, mesmo, 50 anos atrás, hoje, já não podemos alegar que não temos o conhecimento suficiente para antever as consequências dos nossos actos, prejudiciais à natureza, ao meio ambiente e, consequentemente, a nós próprios.
Consciencializar-nos de que não podemos destruir o Mundo que nos dá abrigo, nos alimenta, dessedenta e nos permite viver, não parece ser uma coisa difícil de realizar.
Todos somos chamados ao desafio de contribuirmos para que viver na Terra continue a ser possível e aprazível 



"As alterações climáticas são um dos maiores desafios que se colocam actualmente à humanidade. O aumento da ocorrência e severidade dos desastres naturais, mudança nos padrões climáticos, a diminuição dos glaciares, derretimento de gelo polar, aumento do nível do mar e a seca são apenas algumas das consequências que já se fazem sentir afectando populações por todo o mundo.
Os esforços no combate às alterações climáticas tendem a se concentrar na mitigação – redução das causas conhecidas, tais como concentração de gases de efeito estufa na atmosfera - e adaptação – redução do impacte das alterações climáticas.
As alterações climáticas têm dupla e, às vezes, conflituantes implicações para as florestas. Os ecossistemas florestais podem actuar como meio de mitigação e adaptação às alterações climáticas.
As Florestas removem quantidades significativas de dióxido de carbono da atmosfera, actuando como sumidouros, na captura e armazenamento do carbono na biomassa florestal. As florestas funcionam como barreiras em episódios climáticos extremos, impedindo o escoamento superficial de solo em grandes chuvadas e protegendo pessoas, animais e infra-estrutura dos efeitos de ventos fortes.
Da mesma forma, a madeira e biomassa florestal para energia e outros fins, pode servir de substituto de outros produtos mais intensivos em termos de emissões de gases de efeito estufa. No entanto, assim como as florestas têm um papel positivo a desempenhar nos esforços ao combate às alterações climáticas, as florestas são extremamente vulneráveis ao clima e às alterações das condições climáticas.
O clima de um dado local determina o tipo de floresta - floresta boreal ou tropical, por exemplo - que se pode estabelecer. Da mesma forma, quando ocorrem alterações nas condições climatéricas, as florestas têm de se adaptar. No entanto, o prazo necessário para o processo de adaptação é, geralmente, muito maior do que o prazo permitido pelas alterações das condições climatéricas. Como resultado, a capacidade de adaptação das florestas fica comprometida, resultando na perda de biodiversidade e da própria floresta, e com elas a capacidade de adaptação das florestas e de mitigação dos impactes do clima
A gestão florestal sustentável pode contribuir para a preservação das florestas e da biodiversidade florestal reforçando assim a sua resistência e capacidade de adaptação na mitigação dos impactes das alterações climáticas."

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