ELEIÇÕES - COLIGAÇÕES -ACORDOS

Ontem, mais uma vez, quando cheguei de manhã ao parque de estacionamento da faculdade, embora houvesse imensos lugares vagos, no lado do parque em que costumo estacionar, lá estava ele, direitinho, primorosamente estacionado, alinhando o centro do carro com o risco branco que divide dois lugares. Claro que perto do meio-dia o parque já estava superlotado e lá continuava ele majestosamente ocupando dois lugares. 
Pois é, há pessoas assim, não têm qualquer respeito pelo próximo, pelas regras de boa convivência em sociedade, pela ética ou pela moral e fazem, o que bem lhes apetece, sem se importarem com as consequências
Segundo me disseram, o condutor deste veículo estaciona sempre ocupando dois lugares para que não lhe f........ as portas. Não percebo a lógica, mas ....
Vem isto a propósito dos factos paradoxais que estão a acontecer em Portugal.
O PSD e o CDS-PP, depois de 4, difíceis e austeros, anos de governação, voltaram, contra todas as expetativas, a ser eleitos, com maioria relativa, desta vez unidos na Coligação PAF, 
Nos últimos meses, antes das eleições, as sondagens pareciam indicar isso mesmo. Contudo, António Costa e o PS não esperavam, certamente, que estas hipóteses se concretizassem, pelo que receberam um duro golpe ao verificarem que tinham perdido as eleições.
De início tudo parecia normal. São eleições. Uns perdem, outros ganham. Uns governam, outros estão na oposição.
Assim, aparentemente, uma grande parte dos portugueses parecia ter compreendido que a austeridade e sacrifícios que lhe tinham sido impostos, na anterior legislatura, não tinham sido causados por um Governo maquiavélico e psicopata, mas em virtude da grave situação económica e financeira em que Portugal se encontrava em 2011, a qual, muito lentamente, tem vindo a inverter-se.
Nada, contudo, faria prever que os resultados destas eleições pudessem vir a ser objeto de contabilidade criativa, por forma a dar ao PS a governação do país, apoiado por Acordos individuais  à esquerda, com o PC, BE e PAN, os quais não dão quaisquer garantias de que haja concordância, projeto conjunto, ou mesmo cooperação equilibrada para a governação do país, por parte destes quatro partidos.

Vamos recordar

Eleições para a Assembleia Constituinte de 1975

As eleições para a Assembleia Constituinte foram as primeiras eleições livres com sufrágio universal
realizadas no país. Foram também as primeiras eleições após o golpe de estado de 25 de abril de 1974. Realizaram-se no dia 25 de abril de 1975 e elegeram os 250 deputados da Assembleia Constituinte, e tiveram a maior participação de sempre.

O principal objectivo da eleição foi a eleição de uma Assembleia com o fim de escrever uma nova Constituição para substituir a do regime do Estado Novo - a Constituição de 1933 - e, portanto, o parlamento eleito tinha um mandato único de um ano. Nenhum governo foi baseado a partir do apoio parlamentar, e o país continuou a ser governado por um governo provisório militar-civil.

Os resultados deram maioria aos partidos do centro: Partido Socialista e Partido Popular Democrático. A Assembleia Constituinte entrou em funções em 2 de junho de 1975 e foi dissolvida em 2 de abril de 1976, data de conclusão dos trabalhos de elaboração da Constituição.



Eleições legislativas portuguesas de 1976




As eleições legislativas portuguesas de 1976 foram realizadas no dia 25 de Abril de 1976, exactamente um ano após a eleição anterior e dois anos após a Revolução dos Cravos. Foi vencida pelo PS, que conquistou quase 35% de todos os votos.

Com esta vitória, Mário Soares tornou-se no primeiro-ministro de Portugal, cargo que ocupou no dia 23 de julho.
















Eleições legislativas portuguesas de 1979





As eleições legislativas portuguesas de 1979 foram realizadas no dia 2 de dezembro de 1979 com a vitória da Aliança Democrática, formada pelo PSD, CDS e PPM, que conquistou quase 42,5% de todos os votos.

Com a vitória da Aliança Democrática, Francisco Sá Carneiro, presidente do PSD foi nomeado primeiro-ministro de Portugal, tendo tomado posse a 3 de janeiro de 1980.












Eleições legislativas portuguesas de 1980


As eleições legislativas portuguesas de 1980 foram realizadas no dia 5 de outubro de 1980 com a vitória
pela segunda vez seguida da Aliança Democrática, formada pelo PSD, CDS e PPM, que conquistou quase 45% de todos os votos.

Com a vitória da Aliança Democrática, em virtude do falecimento de Francisco Sá Carneiro a 4 de dezembro de 1980, o seu sucessor na liderança do Partido Social Democrata, Francisco Pinto Balsemão, foi convidado a formar governo, tendo tomado posse a 9 de janeiro de 1981.












Eleições legislativas portuguesas de 1983






As eleições legislativas portuguesas de 1983 foram realizadas no dia 25 de abril de 1983 com a vitória do Partido Socialista, que conquistou de 36% de todos os votos. Com isso, Mário Soares, que liderava o PS, foi nomeado pelo Presidente da República primeiro-ministro português
Eleições legislativas portuguesas de 1985





As eleições legislativas portuguesas de 1985 foram realizadas no dia 6 de outubro de 1985 vencida, com uma pequena maioria, pelo partido de centro direita PSD, liderado por Cavaco Silva, que se elegera primeiro-ministro português, cargo no qual permaneceu por durante dez anos, até 1995.

Uma surpresa dessas eleições foi com relação ao PRD, recém fundado, que conseguiu pouco mais de 1 milhão de votos, conquistando 45 vagas no parlamento.















Eleições legislativas portuguesas de 1987




As eleições legislativas portuguesas de 1987 foram realizadas no dia 19 de julho, e assim como ocorreu
dois anos atrás, a vitória foi do partido de centro direita Partido Social Democrata, liderado por Aníbal Cavaco Silva, que permaneceria no cargo de primeiro-ministro português. Nestas eleições o PPD/PSD alcançou a sua primeira maioria absoluta de deputados na Assembleia da República.

















Eleições legislativas portuguesas de 1991





As eleições legislativas portuguesas de 1991 foram realizadas no dia 6 de outubro com a vitória do partido de centro-direita Partido Social Democrata, liderado por Aníbal Cavaco Silva, que conquistou a maioria absoluta dos assentos na Assembleia da República, e que lhe permitiu formar o XII Governo Constitucional de Portugal.



















Eleições legislativas portuguesas de 1995




As eleições legislativas de 1995 realizaram-se a 1 de Outubro e marcaram uma viragem do país à
esquerda. Após dez anos de governos do PSD, liderados por Cavaco Silva, o PS venceu as eleições com maioria relativa, tendo em consequência disso, António Guterres sido nomeado pelo Presidente da República como primeiro-ministro de Portugal.

















Eleições legislativas portuguesas de 1999




As eleições legislativas portuguesas de 10 de Outubro de 1999 realizaram-se no calendário normal previsto na Constituição, após o cumprimento dos quatro anos de mandato da anterior legislatura. Tiveram como resultado principal a renovação da maioria relativa do Partido Socialista e a continuação de António Guterres no cargo de primeiro-ministro. Estas eleições tiveram uma particularidade: o PS alcançou o mesmo número de deputados que toda a oposição junta, ou seja ficou a um deputado da maioria absoluta.













Eleições legislativas portuguesas de 2002




As eleições legislativas portuguesas de 17 de Março de 2002 realizaram-se na sequência da dissolução
da Assembleia da República em Dezembro de 2001 e tiveram como consequência uma maioria dos partidos do centro-direita: PPD/PSD e CDS–PP. Em consequência das eleições José Manuel Durão Barroso foi nomeado pelo Presidente da República Jorge Sampaio como primeiro-ministro de Portugal, formando o XV Governo Constitucional de Portugal.
















Eleições legislativas portuguesas de 2005

As eleições legislativas portuguesas de 2005 realizaram-se a 20 de Fevereiro de 2005, e delas resultaram
a vitória da maioria do Partido Socialista, liderado por José Sócrates, o que levou à formação do XVII Governo Constitucional de Portugal.
























Eleições legislativas portuguesas de 2009

As eleições legislativas portuguesas de 2009, também designadas eleições para a Assembleia da
República, realizaram-se no dia 27 de Setembro de 2009.[1] A data foi definida pelo Presidente da República Portuguesa Aníbal Cavaco Silva a 27 de Julho de 2009.

A campanha eleitoral para as legislativas decorreu entre os dias 12 e 25 de Setembro de 2009.[O governo formado em consequência deste acto eleitoral foi o XVIII Governo Constitucional de Portugal, tendo José Sócrates continuando como primeiro-ministro.


















Eleições legislativas portuguesas de 2011

As eleições legislativas portuguesas de 2011, também designadas eleições para a Assembleia da República, decorreram no dia 5 de Junho de 2011. A data foi definida pelo Presidente da República Portuguesa Aníbal Cavaco Silva a 31 de Março de 2011. A campanha eleitoral realizou-se entre os dias 22 de Maio e 3 de Junho de 2011. Pedro Passos Coelho, líder do partido vencedor das eleições, o PPD/PSD, foi nomeado Primeiro-Ministro pelo Presidente da República, formado assim o XIX Governo Constitucional de Portugal.




















Eleições legislativas portuguesas de 2015


As eleições para a Assembleia da República, também designadas como eleições legislativas portuguesas de 2015, realizaram-se no dia 4 de outubro de 2015, domingo. A data foi definida pelo Presidente Aníbal Cavaco Silva a 22 de julho de 2015. A campanha eleitoral decorreu entre os dias 20 de setembro e 2 de outubro de 2015.
























Não quero, com esta retrospetiva histórica das eleições, fazer passar a ideia de que tudo se deve manter como sempre foi, apenas porque sempre se fez assim, ou porque é tradição.
A mudança e a evolução são próprias do homem, pelo que todas as alterações que sejam benéficas para o bem estar dos povos são sempre bem-vindas.
No entanto, não só considero que não existe nenhuma evidência de que os países com governos comunistas ou de esquerda obtenham melhores resultados, proporcionem maior bem estar aos cidadãos, ou sejam mais evoluídos cientifica, tecnológica, económica, financeira ou socialmente, nem mesmo que sejam mais justos, tenham menos conflitos bélicos, respeitem mais a humanidade, o ambiente e a natureza ou promovam a felicidade dos cidadãos, bem pelo contrário, como disso são exemplo a China, a Coreia do Norte, a União Soviética ou Cuba; bem como, por outro lado, que da restropetiva histórica acima, se possa retirar qualquer indicador que manifeste que uma larga maioria dos portugueses queira ser governada por partidos de esquerda ou extrema esquerda, pois nem no revolucionário, "quente" e distante ano de 1975, digo bem, nem mesmo nesse ano existiu qualquer vitória, significativa ou não, dos partidos da esquerda portuguesa.
Para denegrir a imagem do PSD e do CDS e particularmente do Primeiro Ministro cessante, eleito de novo e atualmente ao serviço de um Governo de Gestão, foram ditas diversas inverdades, algumas mentiras e várias afirmações retiradas dos seu contexto próprio, donde se destacam:

O que se diz - O Passos Coelho prometeu (em 2011) que não iria aumentar os impostos e que íamos viver melhor.

Os factos - Na verdade, o Primeiro Ministro, o que afirmou na altura foi que nos esperavam tempos difíceis, mas que ele não abandonaria Portugal, nem os portugueses e que juntos voltaríamos a erguer Portugal, conforme poderão verificar no vídeo abaixo.

O que se diz - O Passos Coelhos disse para os jovens não serem piegas e emigrarem.

Os factos - Passos Coelho, de facto, disse: “…não podemos estigmatizar aqueles que, não tendo cá oportunidades, procuravam outras economias para poderem encontrar emprego", conforme poderão confirmar neste link e através do vídeo abaixo




Claro que a memória dos homens é curta e ainda se torna mais curta quando, após terem passado por sérias dificuldades, lhes acenam com múltiplas facilidades, descidas de impostos, aumentos de ordenados e pensões, entre muitas outras coisas boas.
O que é estranho não  é que as pessoas tenham memória curta, quando lhes convém, estranho mesmo é que tenho amnésias totais, parciais ou, ainda mais estranho, amnésias seletivas, e não se lembrem, nada de nada, do que é que contribui para que a crise em Portugal fosse mais grave e violenta dos que na maior parte dos outros países ocidentais (estamos a falar de uma crise internacional).
Nem se lembrem como estávamos em 2011 e 2012 e como estamos agora. Talvez se tivessem ocasião de ver vídeos  do trânsito, em Lisboa, na 2ª circular, entre as  7 e as 9,30 da manhã, dos anos de 2011 e 2012, e, depois, dos anos 2013, 2014 e 2015, talvez já ficassem com uma pálida ideia de quanta coisa mudou, nestes 4 anos.
Mas, obviamente, cada um só vê aquilo que quer ver, só ouve aquilo que quer ouvir, só compreende aquilo que quer compreender.
No entanto, não pode deixar de me intrigar como é possível que se deposite a confiança em alguém que lhe promete: 

  • menos horas de trabalho, impostos menores e maiores ordenados e pensões, mas não diz onde, nem como vai o Estado fazer face às despesas que tal implica
  • mais emprego, mas não explica onde, nem como ele vai ser criado
  • menor deficit, sem demonstração de como o conseguir

Todos nós, numa qualquer altura distante das nossas vidas, gostámos de contos de Fadas ou de Super-Heróis, mas todos nós sabíamos que estes eram produto da imaginação e fantasia dos autores dos mesmos.

Por outro lado, todos sabíamos, também, identificar, nessas histórias, os maus da fita. Eles eram escorregadios ardilosos, mentirosos, hipócritas, gananciosos,  invejosos e muitas outras coisas mais...


Vale a pena pensar nisto

Fonte: Wikipédia

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